terça-feira, janeiro 13, 2009

Das minhas fraquezas

Hoje, eu descobri que a minha tosse de uma semana não é a tuberculose que eu tanto temia. Mas pior: é uma simples alergia à poluição. Fiquei totalmente chocada com a informação. Como eu, uma garota de uma cidade grande, poluída, infectada, poderia desenvolver tal doença? Agora, com mais de vinte anos de idade????

Os único animais que vi antes de me mudar para o interior foram: ratos, baratas, gatos, cachorros e papagaios. Além de pombas, claro. A cor do céu? Cinza, por favor, acham que me enganam. Aqui sempre é nublado. A não ser no verão; quando faz muito calor de dia e temporais à tarde. O que faz com que o jornal da tarde termine sempre com uma imagem de alguém que perdeu seu carro na enchente.

Então, eu mudei de cidade. Fui para o interior e fiquei pasmada quando descobri que lá havia além de asfalto, iluminação pública, lá havia também muita coisa boa. Amigos, noites a serem desperdiçadas, e o mais importante, VIDA. Sim, existe vida após a marginal. E muito melhor, eu posso garantir.

E é assim que, dois anos depois de descobrir que a melhor coisa da vida de uma pessoa é demorar menos de vinte minutos para chegar a qualquer lugar (sem trânsito), uma bela paisagem, e muiat gente boa, é que eu descubro que voltar para a minha cidade natal me dá alergias...

Pode?

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Dos pensamentos de início de ano

É sempre a mesma coisa. Todo final de ano somos bombardeados pelo "espírito natalino" que a mídia diz que está em todo lugar. Sinceramente, continuo vendo noticias de assaltos e violência mundo afora (a guerra ainda continua, certo?). Mas o tal "espírito natalino" invade até mesmo, veja só, o comércio. Impressionante como a vontade de agradar aqueles que gostamos se manifesta nas compras de fim de ano. Ai entao, todas as emissoras de tv e rádio fazem músicas de gosto duvidoso e letra "chiclete" para nos contagiar com a necessidade de gastar todo o décimo terceiro - conseguido com tanto suor como um benefício - nos mercados e shoppings centeres. Ok. Este texto parece um pouco (muito) pessimista, mas queiram me perdoar. Não sou católica, odeio consumismo sem sentido (como se tivesse), e acho desnecessária toda essa alegria no ar. Afinal, é só mais um mês que acaba.

E para melhorar todo o meu mau humor de fim de ano, 2009 começou da pior forma que eu já pude imaginar: minha cachorra morreu. Sei que ela não merece apenas um post. Nada que se passa na minha cabeça poderia ser suficiente para homenagear a única coisa viva que eu posso dizer que amei de verdade. Sem preconceitos, sem falsas promessas, nada. Meu amor verdadeiro era (e continua sendo) o meu presente de natal, acreditem. Pérola. Uma cocker spaniel menor do que o normal, de pêlo caramelo, rabo sem ser cortado, e olhinhos tristonhos, como toda a cocker.

Eu sei que muitos jamais conseguirão entender o que eu sinto por ela. A Pérola não era como qualquer cocker. Era única porque era minha; única porque foi a única que amei. Sinto como se minha alma tivesse ido embora quando ouvi pelo meu celular aquela frase que não pretendo lembrar novamente. Acredito que "meu bebê loiro" foi embora cedo demais. Talvez isso só tenha piorado meu pensamento sobre o final/início de ano. Porém sou uma pessoa otimista acima de tudo. Se a pior coisa que eu imaginava aconteceu, nada mais poderá ser ruim nesse ano, nao é mesmo?

2008 foi um ano excelente para mim. Poderia ser melhor, sempre pode ser melhor (eu poderia ter ganhado na loteria, certo?), alguns erros cometidos por mim (como vicios, atrasos e quilos a mais), mas creio que aqui não caiba uma retrospectiva do meu ano. Só quero aproveitar esse espaço e concretizar meu desejo máximo para esse ano: ser feliz. O que até agora me parece impossível...


Nota: péssima homenagem ao meu bebe loiro... aguardem algo mais decente